No primeiro dia de 2024, cinco novos países aderiram à aliança BRICS das principais economias emergentes: Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
Isto aumentou a influência e a presença do grupo no “Sul” e aumentou seu peso econômico e político no cenário mundial, estabelecendo um verdadeiro contrapeso ao G7 dominado pelo Ocidente.
Com seus novos membros o bloco representará mais de 30 bilhões de dólares de PIB, ou cerca de 29% do PIB mundial.
Este valor ainda é inferior à percentagem de 43% do G7, mas a diferença poderá diminuir à medida que os países do BRICS, como a Índia, continuarem a crescer mais rapidamente do que a média e à medida que mais países se juntarem ao grupo no futuro.
O grupo também aumentou a sua participação na produção global de petróleo para 43% com a inclusão da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e do Irã.
Os novos membros podem não ter um grande impacto no PIB do grupo neste momento, mas muitos deles têm um elevado potencial de crescimento.
O BRICS pretende criar um sistema comercial e financeiro independente do dólar americano, portanto é crucial ter mais recursos naturais.
Muitos dos atuais membros do BRICS têm taxas de crescimento do PIB mais elevadas do que os membros do G7, com uma média de crescimento de 189% até 2050 para os primeiros e 50% para os últimos, de acordo com alguns estudos.
Alguns dos novos membros do BRICS, como a Etiópia (1.170% de crescimento previsto do PIB até 2050) e o Egito (crescimento do PIB previsto de 635% até 2050), têm perspectivas de crescimento ainda mais elevadas, o que aumentará o poder econômico do grupo.
Algumas previsões sugerem que até 2050, o BRICS ultrapassará o G7 em PIB, mesmo sem os novos membros. No entanto, isto não é certo, e o BRICS planeja adicionar mais membros de qualquer maneira, o que provavelmente fará com que ultrapassem o PIB do G7, mais cedo ou mais tarde.
